no número 47 da rua Scott, um bar de 24 lugares em Tucson, Arizona, que serve alguns dos coquetéis mais criativos dos Estados Unidos. Saltados da imaginação de Ciaran Wiese, esses refrescos ultramodernos marcam uma casta ascendente de bartenders, mais aparentados com candidatos a médicos que trabalhadores do setor de serviços, cujo comando sobre o canhão crescente da geração de drinks misturados, não só variações dos clássicos, mas variações das variações. Graças a praticantes como Wiese, vivemos em uma época de coquetéis que só não brilham mais porque não estão embrulhados com platina, reforçados com titânio e guarnecidos com mercúrio.
Mas há outro lado da moeda para essa eflorescência criativa, crescendo de acordo com o que o verão americano faz suar e a demanda por refrescos cresce: a distância entre coquetéis da moda e coisas que podem ser feitas em casa tornou-se um hiato.
Enquanto ingredientes desconhecidos poderiam ser em parte culpados, o número total de itens encontrados em muitos drinks já apresenta um enigma psíquico.
Não importa o quão refrescante é a recompensa, há uma hora em que fazer o drink se sobrepõe à habilidade de aproveitá-lo, tanto que se fica contemplando uma bancada lotada de bebidas excêntricas, gotas grudentas de um suco cítrico, inalando vapores finos de lavanda, cuja infusão levou três semanas, ponderando um coquetel que está se dissipando rapidamente e imaginado se isso tudo valeu a pena.
É por isso que pedimos a alguns dos maiores bartenders do país (veteranos e novatos, liberais e conservadores) para criarem refrescos simples feitos para consumo de verão. Nossos parâmetros foram rigorosos: três ingredientes, sem infusões sofisticadas.
Não contamos componentes básicos como açúcar, calda simples e água com gás, e permitimos guarnições simples como misturas, fatias de frutas e ramos de ervas. Omitimos nomes de marcas quando possível, pois matar a sede não deve exigir uma viagem a uma casa de bebidas melhor no lado distante da cidade.
Nosso objetivo era simples: muita refrescância, mínimo esforço.
“Estou feliz que há pessoas por aí que estão fazendo coisas estranhas, inovando e fazendo novos drinks”, disse St. John Frizell, proprietário do Fort Defiance no Brooklyn. “Mas não é para mim”. Antes de abrir seu bar, ele gastou 18 meses afiando suas habilidades no Pegu Club, lounge de coquetéis em Manhattan, que formou alguns dos misturólogos mais inovadores da cidade.
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