terça-feira, 31 de maio de 2011

Os dez pecados capitais do café coado


Preferência nacional, o nosso cafezinho do dia a dia, o café coado, é uma bebida para chamar de sua. Mesmo com receitas-padrão divulgadas nas embalagens de algumas marcas, cada um tem seu modo de prepará-lo. O resultado é que, com o passar dos anos, os brasileiros adquiriram mil e uma manias, que, muitas vezes, podem comprometer o sabor e o aroma do pretinho básico.
Abaixo, foram selecionadas os top 10 dos piores erros que cometemos ao fazer o cafezim. 
Para acompanhar as dicas, vai uma receita que leva café coado (mas o preparado corretamente, hein).

1 - Não usarás qualquer água
A água representa cerca de 90% de uma xícara de café e é o elemento que extrairá tudo o que o grão tem de melhor ao passar pelo pó. Se a água tiver muito cloro ou impurezas, seu sabor será profundamente afetado. Por isso, prefira sempre utilizar água filtrada ou água mineral.
2 – Não usarás pó de café velho
A qualidade e o frescor do café são características essenciais para o pretinho ficar bom. Nada de usar um café que está aberto há semanas ou que foi comprado meses atrás. Sempre prefira comprar em pequenas quantidades e um café de boa qualidade.

3 – Não reaproveitarás o café
Em algumas casas, é comum reutilizar o resto de um café “velho”, que está na garrafa térmica há horas, colocando-o para aquecer e passando sobre um pouco de pó novo (virgem). Isso é conhecido como “recircular” o café. A bebida fica áspera e amarga, pode causar problemas de saúde (já que utiliza um café já oxidado) e a economia é mínima. Melhor fazer um café totalmente fresquinho.

4 - Não deixarás a água ferver

Se você utiliza água filtrada ou mineral, não há razão para aguardar ela ferver para dar início ao preparo do café. Logo que começar a apresentar borbulhas, já apague o fogo e comece a filtragem. Ao ferver, a água perde oxigênio, o que faz com que as características de sabor e aroma do café sejam modificadas.
5 – Não colocarás açúcar na água ou no pó de café
Tudo bem, sua avó e muitas pessoas em várias cidades desse brasilzão fazem isso desde sempre e dizem que é para facilitar. No entanto, além de mudar totalmente o sabor do café, adoçá-lo pode parecer descortês com quem gosta de apreciar a bebida sem açúcar ou a prefere com adoçante.

6 – Não jogarás rapidamente a água sobre o café
Nada de pressa ao preparar o coadinho. Comece molhando toda a superfície do pó no filtro, até que tudo fique úmido, e depois mantenha o fio de água lentamente no centro do filtro, assim você evitará que o café fique amargo.

7 – Não mexerás o café
Outro hábito bastante comum entre os brasileiros é dar uma mexidinha no café na hora em que a água está passando pelo pó. Ao fazer isso, estamos contribuindo para que os seus ricos aromas se percam.

8 – Não deixarás o café na garrafa térmica por horas
Após 20 minutos, o café preparado começa seu processo de oxidação. Por isso, o ideal é consumi-lo logo após o preparo. Quando armazenado na garrafa térmica, o café deve ser consumido até no máximo 1 hora depois de pronto. É importante lembrar que a higienização da garrafa deve ser frequente e utilizar água fervente. Os mais dedicados podem contar ainda com o auxílio de pastilhas especiais voltadas para esse uso, vendidas em lojas especializadas.

9 – Não deixarás o café na jarra da cafeteira elétrica por horas
É comum acontecer no escritório. O pessoal prepara o café, nem todos tomam e a bebida fica lá, na jarra descansando sobre a placa aquecedora. Depois de 20 minutos, o café já começa a ficar cozido e tenderá a ficar cada vez mais amargo, além de prejudicar a saúde.

10 – Não lavarás o coador e o filtro com detergente
Os utensílios utilizados para preparar e armazenar o café não devem ser lavados com sabão, mas apenas com água quente. O detergente costuma deixar resíduos químicos que interferem no sabor da bebida. Se você utiliza coador de pano, escalde-o antes e depois do uso e guarde apenas depois de totalmente seco, de preferência na geladeira.
Fonte site IG por:
Giuliana Bastos - giulibastos@ig.com.br - Giuliana Bastos é jornalista na área de gastronomia. É autora do Dicionário Gastronômico Café com suas Receitas, Ed. Boccato/Gaia

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